Pais,Não Façam Isso !!! Cuidados com as Articulações dos Bebês

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CUIDADOS COM OS OSSOS DOS BEBES 
Nem só o cérebro deve ser preservado. Os ossos também! Trata-se de uma lesão bastante comum na criança entre 18 meses e 04 anos de idade. Nesta faixa etária o cotovelo da criança não está ainda bem formado e apresenta muita frouxidão ligamentar. O cotovelo é uma dobradiça formada pelo encontro do osso do braço (úmero) encaixado em um osso do antebraço (ulna). No antebraço existe outro osso (rádio), localizado no lado do polegar, e no cotovelo ele interage com a ulna para realizar a rotação do antebraço (chamada de movimento de prono-supinação). A cabeça do rádio é presa na ulna por um ligamento que a envolve como um anel (ligamento anular). Se ocorre uma tração no rádio para longe do cotovelo ocorre lesão do ligamento anular (que é fino nesta faixa etária) e deslocamento da cabeça do rádio do encaixe no osso vizinho.
Sintomas
A criança começa a chorar e mantém o braço parado ao lado do corpo com a palma da mão virada para trás. Recusa a levantar o braço acima da cintura que causa desconforto e não usa a mão deste lado (se tenta oferecer algo, por instinto ela apanhará com a outra mão). Tem dor quando tentamos “rodar”o antebraço. Ela até para de chorar mas mantém o braço imóvel ao longo do corpo para grande apreensão dos pais.
Causas
A causa da lesão pode ser óbvia, como quando os próprios pais puxaram a criança pelo braço, mas em algumas circunstâncias pode ser obscura; a criança não sabe contar aos pais o que ocorreu e a babá afirma que a criança caiu…Muitas vezes é uma combinação do movimento da criança e de um adulto. A criança atira-se ao chão e um adulto tenta levantá-la pela mão (levanta-a segurando por baixo dos braços).
  • Evitar brincadeiras de balançar a criança segurando-a pelas mãos e girando-a.
  • Não deixes uma criança pequena passear um cão, pois ele pode puxá-la com força.
  • A criança está segura pelo braço quando sofre uma queda súbita.
  • Segurar a criança pela mão para ela não sair correndo, puxar a criança quando estamos andando de mãos dadas e estamos com pressa (lembrar que o passo da criança é menor).
  • Algumas dessas situações são possíveis de prevenir, outras não, mas o que importa é tentar sempre oferecer a segurança para nossos pequenos!
O que fazer?
Levar a criança para o hospital o mais rápido possível. Um médico Ortopedista irá determinar se não há fratura ou danos mais graves.Em geral, não há dor à palpação do cotovelo e nem inchaço. A radiografia não é necessária se não há sinais de fratura no exame físico, pois na pronação dolorosa a radiografia aparece normal apesar do deslocamento do rádio.
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Tratamento
Após acalmar a criança e os pais e estabelecer uma relação de confiança, o médico realiza uma manobra, chamada de redução , que é bastante simples, sendo realizada no consultório, sem necessidade de qualquer anestesia.É realizada rodando o antebraço para colocar a mão virada para cima e depois flectindo o cotovelo enquanto segura o braço – pode sentir um click (isto pode causar um breve desconforto, mas em geral a criança recupera rapidamente a movimentação do braço). Pedimos para os pais aguardarem na recepção por uns 15 minutos e na reavaliação a criança já está utilizando normalmente a mão. Habitualmente não há necessidade de nenhum tipo de imobilização ou fisioterapia após a redução, porém algumas crianças permanecem com desconforto, mesmo após a redução, talvez pelo cotovelo ter sofrido o deslocamento e machucado o ligamento. Nestes casos imobilizamos com tala gessada, prescrevemos medicação para dor e reavaliamos em 03 dias. Algumas crianças têm maior predisposição a esta lesão e os episódios podem ser recorrentes. Isto não é motivo para preocupação, pois as lesões devem cessar com o crescimento da criança, não deixando nenhuma sequela.
Prevenção
Evita puxar a criança pelas mãos conforme explicado anteriormente, especialmente se esta já tem história de pronação dolorosa. Neste caso orienta também a educadora, os parentes e as outras pessoas que terão contato com a criança.
Assista ao vídeo abaixo para saber mais:

Fonte: por Ailim Cabral / Saúde / Revista do Correio / Revista Crescer

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