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Muitas
mulheres demoram alguns meses para conseguir engravidar e acreditam que tem
algum tipo de dificuldade. O que não se sabe é que pode ser normal demorar
alguns meses e que existem alguns métodos que podem ajudar.
O que é infertilidade?
Um casal é considerado infértil
quando não consegue engravidar após um ano de relações sexuais frequentes sem
qualquer tipo de contracepção neste período. Após um ano de tentativas, 85-90%
dos casais conseguem engravidar.
Causas da
infertilidade feminina
Existem diversas causas da infertilidade
feminina.
O fator preponderante no prognóstico dos tratamentos, contudo, é certamente a
idade, que está relacionada diretamente à quantidade e qualidade de
óvulos. A faixa etária em que a fertilidade é ótima para a mulher é por
volta dos 20 a 30 anos de idade. Apenas 3,5% dos casais cujas mulheres tem
menos de 25 anos de idade são inférteis. Aos 35 anos esta taxa já chega a 11% e
aos 45 anos a altos 87%.
Aos 50 anos, praticamente todas são inférteis.
É fato que podemos encontrar mulheres que engravidam nesta idade mais avançada
de maneira natural, mas são eventos raros aos 45-50 anos ou mais de maneira
natural, e a taxa de abortamentos espontâneos é muito alta. Nesta idade é quase
impossível obter-se gravidez de modo artificial, com a fertilização in vitro
(FIV), pois os embriões formados em sua maioria são defeituosos e não implantam
ou ocorre o aborto precoce.
De qualquer forma, em casais com mulheres mais
jovens, a causa da infertilidade pode ser masculina (40%), feminina (40%) e
mista (20%). Todo casal considerado infértil, tem uma causa de infertilidade. É
sempre muito importante pesquisar a causa da infertilidade, porque esta pode
ser a razão para não engravidar, mesmo com tratamentos de alta complexidade em
reprodução assistida.
Ao longo desse texto, destacaremos as
principais causas femininas para a infertilidade do casal. É importante frisar
que todas elas possuem diversos desdobramentos e causas. Logo, ter alguma das
condições abaixo não necessariamente significa que a paciente é infértil e cada
caso deve ser analisado separadamente.
Causas da
infertilidade feminina
Alteração da
ovulação
Estresse, exercícios físicos exagerados,
obesidade, doenças da tireóide e complicações em outras glândulas hormonais
podem comprometer a ovulação da mulher. Esses problemas podem levar a ovulações
esporádicas, o que dificulta a gravidez, ou podem interromper a ovulação, o que
leva à infertilidade feminina. Outras alterações hormonais causam doenças como
a dos ovários policísticos, que ao se desenvolver, também causa infertilidade à
paciente.
Endometriose
É uma doença que se manifesta na mulher, em
idade reprodutiva, e que se caracteriza por apresentar tecidos semelhantes aos
da camada interna do útero (endométrio) em locais diferentes do habitual. A
doença pode causar cólicas menstruais e dores pélvicas de intensidades variadas
e infertilidade, em decorrência da distorção da anatomia local ou pela produção
de substâncias que provocam cólicas ou que dificultam a concepção. Nem sempre a
gravidade da doença está relacionada à infertilidade feminina ou à dor. Às
vezes, endometriose mínima pode ser acompanhada de graves sintomatologias e/ou
infertilidade, enquanto formas avançadas podem ser assintomáticas.
Aderências pélvicas
A aderência pode ser causada por infecções,
endometriose ou cirurgia prévia. Estes fatores podem acarretar na aglutinação
de órgãos (aderências), ocasionando distorção da anatomia local, dor ou
esterilidade.
Alterações
tubáreas
Obstruções, deformações ou encurtamentos nas
tubas impedem a concepção. Desta maneira, a laqueadura tubária ou doenças
locais tornam-se uma causa da infertilidade feminina.
Mioma uterino
É tumor benigno do útero, que surge nas camadas
musculares (miométrio) e cresce localmente (intramural), para fora (subseroso)
ou para dentro do útero (submucoso). Outras vezes ele pode crescer na região do
colo do útero ou saindo por este local (parido). Quando submucoso ou intramural
e grande, pode ser causa de dor, abortamento ou mesmo dificultar a passagem do
espermatozoide ou a implantação embrionária.
Malformações
Algumas poucas mulheres podem ter como causa da
infertilidade alterações genitais congênitas (desde o nascimento) que podem ser
graves a ponto de serem incompatíveis com a gestação ou simples, não
interferindo no processo.
Pólipo
uterino
É um tumor benigno da camada mais interna do
útero. Eles podem impedir a passagem dos espermatozoides pelo canal cervical
(entrada do útero) ou para o interior da tuba. Ao adquirir grandes proporções,
podem impedir a implantação embrionária ou provocar abortamentos.
Sinéquia
uterina
Geralmente é sequela de curetagem uterina.
Ocorre o fechamento parcial ou total da cavidade uterina no processo de
cicatrização depois da curetagem, causando abortamentos ou dificuldade de
implantação embrionária.
Causas
genéticas
Acontece principalmente em casais com mais
idade, sendo esta uma das explicações para falha de implantação (a fertilização
in vitro) não dar certo.
Após 1 ano de tentativa
de gravidez o casal deve procurar um especialista para ser investigado. Porém,
em algumas situações esse tempo pode ser abreviado. Mulheres acima de 35 anos
devem procurar um médico 6 meses após relações sexuais frequentes sem proteção.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se
nas informações fornecidas pelo casal sendo complementado por exames que irão
avaliar o casal, inclusive avaliação genética.
No homem é pesquisado
seu sêmen, e pelo exame pode-se detectar alterações dos espermatozoides quanto
ao número, concentração, mobilidade, vitalidade e forma, além de processos
infecciosos.
Na mulher, a
investigação exige uma variedade maior de exames, que avaliarão a função e a
reserva dos ovários, alterações uterinas de forma e da cavidade e avaliar se as
tubas uterinas se são pérvias ou obstruídas, além de outras a serem avaliados
durante a investigação.
Tratamento
Divide-se o tratamento
de infertilidade em baixa e alta complexidade, o que pode refletir inclusive no
custo de tratamento a ser realizado.
Baixa complexidade: coito programado
e inseminação intrauterina.
O coito programado nada
mais é que ter relação na data mais certa de ovulação, e isso é sabido pelo
acompanhamento com especialista que poderá ser feito com o ciclo natural ou com
medicação que irá induzir a ovulação, sempre com monitorização
ultrassonográfica.
A inseminação
intrauterina, o sêmen é preparado para ser injetado diretamente dentro do útero
na data da ovulação que é sabido pelo especialista pelo acompanhamento
ultrassonográfico após indução de ovulação ou acompanhamento de um ciclo
natural. Para poder fazer esses tipo de tratamento, não deve existir alterações
importantes do sêmen ou tubas obstruídas, além de possuir reserva e resposta
ovariana dentro do normal.
Alta complexidade: Fertilização in
vitro (FIVc) e Injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI).
É o chamado bebê de
proveta. Neste tipo de tratamento, os ovários são estimulados para produzirem
óvulos que serão captados e fertilizados seja por FIVc ou ICSI. Após a fertilização,
embriões formados serão transferidos diretamente ao útero.
Prognóstico
A taxa de gravidez
depende de muitos fatores, como a causa e o tempo de infertilidade, o
tratamento instituído, a idade dos pacientes, até o local onde o tratamento
está sendo realizado.
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