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O que é vaginismo?
É um tipo de dor sexual na qual a mulher não
consegue abrir normalmente a vagina para a penetração de qualquer objeto, seja
o pênis, um absorvente interno, um dedo, etc, e mesmo que a mulher deseje esta
penetração.
Cinco em cada cem mulheres sofrem algum grau
de vaginismo, que é caracterizado quando a mulher nunca conseguiu ter uma
penetração sem dor. Quando a mulher consegue ter penetração, mas a relação sexual
é dolorosa, em algumas ou na maioria das vezes, acontece a chamada dispareunia (dor na relação sexual).
Sua característica principal é uma contração involuntária da musculatura do
assoalho pélvico (MAP), impossível
de controlar, que acaba "fechando" a entrada do canal
vaginal mesmo que a mulher esteja se esforçando para relaxar.
Não está necessariamente relacionado à
masturbação ou orgasmo: é comum mulheres
com vaginismo se masturbarem, desde que sem penetração, inclusive alcançando o
orgasmo normalmente.
A dor na hora da relação sexual – causada
muitas vezes pelo medo e estresse excessivo – é um problema que tem nome e
afeta de 3% a 5% da população feminina. Muitas vezes encarado como “frescura”,
o vaginismo tem cura e merece atenção.
Frases como: “você precisa relaxar” ou “toma um vinho que passa” são ouvidas com certa frequência por quem sofre do distúrbio. Mas a mulher que tem vaginismo se sente totalmente incapacitada para o sexo, pois seus músculos vaginais se contraem involuntariamente e a penetração se torna inviável por causa da dor.
Frases como: “você precisa relaxar” ou “toma um vinho que passa” são ouvidas com certa frequência por quem sofre do distúrbio. Mas a mulher que tem vaginismo se sente totalmente incapacitada para o sexo, pois seus músculos vaginais se contraem involuntariamente e a penetração se torna inviável por causa da dor.
De acordo com a ginecologista e sexóloga
Carolina Ambrogini, coordenadora do Centro de Apoio e Tratamento do
Vaginismo (CATVA) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), na
maioria das vezes a causa do problema é psicológica. Mulheres que tiveram uma
educação muito rígida e religiosa, em que a virgindade é muito valorizada,
podem desenvolver vaginismo. Traumas e abusos também podem estar relacionados
ao distúrbio. “São mulheres que têm dificuldade de ter relação
sexual porque contraem tanto a musculatura que não conseguem permitir que
o pênis chegue nem perto da vagina”, explica a dra. Ambrogini.
“É importante destacar que somente um
ginecologista não consegue ajudar a mulher. É preciso que o profissional seja
especializado em sexologia, porque senão a paciente acaba indo de médico em
médico sem conseguir resolver o problema. Isso só gera uma angústia
enorme”, conta.
Essa contração
incontrolável da MAP vem da associação de medo e dor numa espécie de
cliclo vicioso: o medo, normalmente inconsciente, faz a mulher contrair
fortemente a MAP em momentos relacionados ao sexo, como por exemplo num
momento de excitação sexual ou quando o parceiro tenta se aproximar.
Esta contração,
causada pelo medo, torna a tentativa de penetração dolorosa. A dor causa
mais medo, que leva a mais contração, a mais dor e assim por diante.
Tipos de vaginismo
Quando uma mulher nunca, em nenhum momento, conseguiu ter intercurso
sexual sem dor devido a este espasmo do músculo, esta disfunção é conhecida
como vaginismo primário. Algumas mulheres com
vaginismo primário não conseguem usar absorventes internos e/ou fazer exames
pélvicos, tais como ultrassom transvaginal. Muitos casais não conseguem
consumar o relacionamento devido ao vaginismo primário
.O vaginismo também pode desenvolver mais tarde na vida, depois de
muitos anos de intercurso sexual prazeroso. Este tipo de disfunção é conhecido
como vaginismo secundário, e é geralmente
precipitado por uma condição médica, evento traumático, parto, cirurgia ou
menopausa.
Acho que tenho vaginismo. O que fazer?
Primeiramente é
importante identificar qual o tipo e o grau do vaginismo, conforme citado acima.
Consulte um médico ginecologista para saber mais a respeito.
Basicamente o tratamento para os dois tipos
de vaginismo consiste em psicoterapia
e fisioterapia
especializada, com exerícios de conscientização e coordenação motora da
musculatura do assoalho pélvico.
Tratamento psicológico
A contração incontrolada do vaginismo está
quase sempre associada a algum problema emocional, quase sempre inconsciente.
Isto significa que, na maioria dos casos, a mulher nem mesmo desconfia da
existência desse problema psicológico.
Para que o tratamento surta efeito é
fundamental o acompanhamento de um profissional de psicologia que pesquisará a
origem do problema. A partir daí, estar ciente do evento que desencadeou todo
este processo é o primeiro passo para entendê-lo, enfrentá-lo e resolvê-lo.
Tratamento fisioterápico
A parte física do vaginismo pode apresentar
componentes relacionados ao conhecimento
corporal e consciência
genital, à elasticidade
da entrada do canal vaginal, bem como de incoordenação muscular -
neste caso, da MAP e, em casos mais severos, das musculaturas das coxas,
glúteos e adjacências.
O tratamento vai depender, portanto, do grau
observado em cada componente. Exercícios de auto-conscientização e redescoberta da
sexualidade pode ser úteis para a consciência da região genital.
Exercícios específicos de contração e relaxamento da MAP
são fundamentais tanto para a consciência da região genital quanto para a coordenação motora
local. A massagem perineal pode ser
útil nos trabalhos de dessensibilização e elasticidade da entrada do canal
vaginal.
Minhas leitoras é importante salientar que
o diálogo com o companheiro é muito importante, quando os dois estão cientes, o
tratamento é mais prazeroso pois ambos serão beneficiados. Com amor tudo se
resolve, se você suspeita que tem vaginismo vamos conversar, deixe seu relato
ou perguntas abaixo. Beijinhos e até a próxima
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