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A meningite é
uma doença que consiste na inflamação das meninges – membranas que envolvem o
encéfalo e a medula espinhal. Ela pode ser causada, principalmente, por vírus
ou bactérias. O quadro das meningites virais é
mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados. Entretanto, a bacteriana – causada principalmente pelos
meningococos, pneumococos ou hemófilos – é altamente contagiosa e geralmente grave, sendo a
doença meningocócica a mais séria. Ela, causada pela Neisseria
meningitidis, pode causar inflamação nas meninges e, também,
infecção generalizada (meningococcemia). O ser humano é o único hospedeiro
natural desta bactéria cujas sequelas podem ser variadas: desde dificuldades no
aprendizado até paralisia cerebral, passando por problemas como surdez.
A transmissão se
dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos
respiratórios de um indivíduo saudável, levando a bactéria para o sistema
circulatório aproximadamente cinco dias após o contágio. Como crianças de até 6
anos de idade ainda não têm seus sistemas imunológicos completamente
consolidados, são elas as mais vulneráveis. Idosos e imunodeprimidos também
fazem parte do grupo de maior suscetibilidade.
A doença chega a matar em cerca de 10% dos casos e atinge 50% quando a infecção
alcança a corrente sanguínea e é este um dos motivos da importância do
tratamento médico. Febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no
pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele (que são
inicialmente semelhantes a picadas de mosquitos, mas rapidamente aumentam de
número e de tamanho, sendo indício de que há uma grande quantidade de bactérias
circulando pelo sangue) são alguns dos seus sintomas.
A doença meningocócica tem início repentino e evolução rápida, pode levar ao
óbito em menos de 24 a 48 horas. Para a confirmação diagnóstica das meningites, retira-se um líquido
da espinha, denominado líquido cefalorraquidiano, para identificar se há ou não
algum patógeno e, se sim, identificá-lo. Em caso de meningite viral,
o tratamento é
o mesmo feito para as viroses em geral; caso seja meningite bacteriana,
o uso de antibióticos
específicos para a espécie, administrados via endovenosa, será
imprescindível.
Geralmente a incidência da doença é maior em
países em desenvolvimento, especialmente em áreas com grandes aglomerados
populacionais. Tal constatação pode ser justificada pela precariedade dos
serviços de saúde e condições de higiene e pela facilidade maior de propagação
em locais fechados ou aglomerados. Por este último motivo é que, geralmente, a
doença é mais manifestada no inverno – quando tendemos a buscar refúgios em
locais mais fechados para fugirmos do frio.
Para a meningite, as vacinas mais
utilizadas são a bivalente, a tetravalente e a monovalente, em menores de 2
anos. Entretanto, não existe ainda vacina para alguns sorotipos da doença.
Evitar o uso de talheres e copos utilizados por outras pessoas ou mal lavados e
ambientes abafados são formas de se diminuir as chances
de adquirir a doença. Manter o sistema imunológico
fortalecido e seguir corretamente as orientações médicas, caso tenha tido
contato com alguém acometido pela doença são, também, medidas importantes.
E lembre-se: nunca use remédios sem
prescrição médica.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode
ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura
como pode piorar a saúde.
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